Medo de morrer
Temer a morte
Limita o viver bem
Impedindo colhermos as flores pelo caminho
Porque não existe vida em meio ao medo.
Tudo se transforma em incertezas
Incertezas da vida
De uma vida que sempre foi agredida
Por não saber lidar com o medo que atrofia.
Vem!
Procure comigo, amigo
Na minha insignificância
Que não encontra solução para esse medo.
Mãe que acolhe
O filho que sofre
Os medos existenciais
Acolhe.
Acolhe os que vivem sozinhos,
À margem
Na desilusão
No sofrimento que o acompanha.
Sofrimento que diminui a vida
Acumulando toneladas
De um insistir das pernas, que já não mais obedecem.
Permaneço onde estou
Jogado, com fome e muito frio
Esquecido pela lembrança vaga
Porque, parca é a vida que perdi para Deus.
Carlos de Campos
Carlos de Campos nasceu em Biritiba Mirim, São Paulo, em 1980. Apaixonado por Poetrix. Em 2017, começou a escrever seus versos nas redes sociais, expressando-se de maneira profunda, em reflexões e observações sobre a condição humana, entre outras; analisando sua organização, atuação e intempéries emocionais, de forma leve, porém, concisa e incisiva. Não se deixando condicionar por padrões, investigando, atentamente, os recônditos mais conflitantes da existência e expressando-os, poeticamente, através do seu minucioso olhar.
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