Os delírios da autoafirmação
À medida que vou procurando,
mais me distancio
Ao passo em que me aproximo
É quando mais distante me encontro.
Afinal, o que espero encontrar ?
Indisposição ?
Tristeza ?
A ilusão do mundo que sonho ?
O que espero, de verdade, encontrar pelo caminho ?
Me deito admirado
Observo os frutos de uma árvore
É de uma beleza invejável
São os mesmos frutos que almejo cultivar.
Ninguém consegue deslumbrar o Todo
Quando se vê, de muito perto
Quando se está desfocado do verdadeiro objetivo
Ninguém pode ser vidente de um futuro inexistente.
A nossa teimosia nos deixa muito limitado
Resíduos tóxicos de irresponsabilidade vão se formando
Os delírios da autoafirmação me fazem ser negacionista
Na verdade, o medo me apavora.
Carlos de Campos
Carlos de Campos nasceu em Biritiba Mirim, São Paulo, em 1980. Apaixonado por Poetrix. Em 2017, começou a escrever seus versos nas redes sociais, expressando-se de maneira profunda, em reflexões e observações sobre a condição humana, entre outras; analisando sua organização, atuação e intempéries emocionais, de forma leve, porém, concisa e incisiva. Não se deixando condicionar por padrões, investigando, atentamente, os recônditos mais conflitantes da existência e expressando-os, poeticamente, através do seu minucioso olhar.
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